Pouca gente sabe, mas Débora Bloch, a Odete Roitman de 'Vale Tudo', já fez um aborto aos 20 anos: 'Nenhum arrependimento'

Hoje celebrada por sua interpretação impactante de Odete Roitman no remake de "Vale Tudo", Débora Bloch é sinônimo de talento e consistência na televisão brasileira. Aos 62 anos, a atriz atravessa gerações mantendo-se relevante, premiada e admirada pelo público. 

O que muita gente não sabe é que, para além dos palcos e novelas, ela também foi uma das poucas artistas brasileiras a falar publicamente sobre o aborto, com coragem, sem rodeios e de forma profundamente consciente.

Em entrevista concedida à revista Marie Claire, em 2015, Débora, então com 51 anos, revelou ter feito um aborto aos 20. A fala, na época, repercutiu por sua franqueza e posicionamento direto sobre um tema ainda tabu no Brasil. “Quando tinha uns 20 anos, engravidei sem querer de um namorado e abortei. Meu ginecologista me indicou uma clínica. Não tive nenhum tipo de arrependimento depois”, contou a atriz à publicação.

Na conversa com o veículo, Débora foi além da experiência pessoal e apontou para a desigualdade de acesso à saúde reprodutiva no país, destacando a hipocrisia por trás da criminalização do aborto no Brasil. “É hipócrita fingir que não existe porque não é legalizado, enquanto mulheres morrem em decorrência de abortos malfeitos”, afirmou.

Para ela, legalizar o aborto é uma questão de justiça social e de saúde pública, especialmente para garantir condições mínimas de segurança às mulheres mais pobres. Ao relatar que o procedimento foi feito de forma segura e com apoio do namorado na época, a atriz expôs também o abismo entre realidades sociais distintas e reforçou seu posicionamento como feminista.

Na mesma entrevista, Débora revelou já ter feito uma rinoplastia aos 29 anos, mas disse se arrepender de tratamentos estéticos como botox e preenchimentos. A atriz defende que as mulheres encarem com naturalidade as transformações do corpo com o passar dos anos — sem abrir mão da alegria de viver. 

“Tenho desejo, me sinto bem potente. Gosto quando vejo as mulheres da minha geração bonitas, bacanas, interessantes e desejáveis. Antigamente uma mulher de 50 anos ficava fazendo tricô. Pretendo fazer 60 na pista de dança, me divertindo" E cá está ela! Diva!